Um noticiário questionou se impor uma alimentação para uma criança poder ser considerado um estupro alimentar. Embora seja um questionamento, a população que o assiste não tem capacidade intelectual de compreender ou analisar o conteúdo. Então ela entende o questionamento como afirmativa e noticiário conta com isso.
Esta “alegação”, como é vista pelos espectadores, visa colocar as palavras impor e estupro como sinônimas e, como estupro é tido como crime, é considerado horrendo e há grande repulsa popular, a imposição também deve ser. Seguindo a linha de raciocínio implícita e distorcida da notícia, pode-se concluir que impor a convivência de uma criança, ou outra pessoa, a alguém que não goste, seja pais, irmãos, outros parentes, vizinhos, colegas de escola ou trabalho ou outros pode ser considerado um estupro social, psicológico e emocional. Também é possível concluir que o trabalho sem prazer pode ser considerado como tal, bem como tudo e quaisquer coisas que as pessoas fazem sem desejar, ou seja, visam o resultado, mas não o meio. Dessa forma, o estudo para obter um diploma pode ser visto como estupro intelectual, já que a pessoa não deseja estudar e, ao se considerar as crianças, é imposto por lei uma vez que as crianças são obrigadas a estarem matriculadas em escolas e seguirem o plano de educação. Da mesma maneira é possível concluir que as leis são um tipo de imposição e, portanto, um estupro à população.
Um pequeno questionamento num noticiário tem o poder de gerar grande distorção da realidade com um público que não tem capacidade de perceber as diferenças e absorve fácil e rapidamente associações distorcidas.
A palavra estupro está ligada necessariamente à parte sexual. Associá-la a outras áreas ou temas é tirá-la do contexto, distorcendo as ideias e obscurecendo a ligação entre as premissas do argumento.
A questão é que as pessoas já possuem um julgamento a respeito do estupro, portanto, fazer menção a esta ideia faz as pessoas associarem o julgamento delas sobre o estupro com a nova ideia proposta, o que causa uma reação agitada e impensada em grande parte das pessoas: rebeldia.
A rebeldia faz com que a pessoa discorde de como é a realidade, desejando que seja diferente. O problema é que a rebeldia faz com que a pessoa reaja, ou seja, aja sem pensar. Ela age descumprindo as regras para mostrar que discorda da realidade, porém não pensa nas consequências das ações que ela mesma faz.
O plano estratégico leva em consideração a análise da realidade, o estudo do fundamento do que funciona e do que pode funcionar. Ele avalia as possibilidades e como implementar as novas opções, fazendo a alteração de maneira mais suave para que as pessoas envolvidas (população) consigam se adaptar às novas medidas. Ademais, faz parte fazer análise constante para avaliar os resultados bem como a implementação das novas ideias pois é comum a sociedade não se comportar de maneira prevista por falta do total conhecimento da mesma, o que significa que todo o plano deve ser reavaliado para se enquadrar na realidade.
Enquanto que a rebeldia mostra uma pessoa insatisfeita com a realidade e que decide fazer diferente sem se planejar, o que costuma gerar resultados destrutivos, uma pessoa madura se planeja para lidar com a realidade da forma mais produtiva possível.