Invisível, ele é facilmente despercebido.
Emotivo, ele impulsiona as pessoas a agirem sem pensar.
Intenso, ele impede que a pessoa pense no que está fazendo.
Sedutor, ele convence à pessoa a quem domina a lhe satisfazer.
Burro, não aceita culpa de ninguém.
Um sentimento muito falado, mas pouco conhecido, ele seduz muitas pessoas a agirem de maneira soberba e arrogante porque faz o seu refém acreditar que é mais importante do que os outros, que é mais inteligente do que todos e mais poderoso do que Deus.
Quanto mais uma pessoa lhe segue e obedece, maior ele fica e, quanto maior fica, mais exige da pessoa. Ele quer ser visto como o ser mais poderoso do mundo enquanto é apenas uma reles parte de um ser humano. Ele quer sentar no trono e ordenar porque acredita que mandar nos outros é algo que somente as boas pessoas podem fazer, ele acredita que sabe tudo porque consegue fazer o seu refém sentir mais segurança e ele não suporta todos e quaisquer um que vá contra ele.
Como rei, descendente direto do divino, ele acredita que tudo o que pensa está certo e que, portanto, tudo deva acontecer como ele imagina, quer e compreende. Mas a realidade não se importa com reis, imperadores, líderes, políticos ou quaisquer pessoas. A realidade é mais forte do que todos juntos e, por isso, conhece o seu valor. Então, não se importa com opiniões de pessoas infelizes ou incapazes, ela apenas se apresenta e se impõe sem qualquer opinião e sem preocupação de como será vista porque, segura de si por não precisar de ninguém mais para existir ou funcionar, opiniões alheias são zeros à esquerda para si.
Sendo idolatrada, repudiada, atacada ou amada, nada interfere em seu equilíbrio e sua capacidade de continuar se impondo. Mais forte do que tudo, ela apenas é independentemente das opiniões dos demais.
Isto é independência: não se submeter a nada nem ninguém por ser autossuficiente. Ainda assim, depende de todos porque e apenas o resultado das ações. Porém, por não disputar a verdade com ninguém, não lutar para se impor sobre os outros e não se importar com a opinião pública, mesmo que o mundo acabe e nada mais exista, ela estará bem. Até mesmo a sua existência não é um objetivo para si, mas uma consequência de ações e reações lógicas daqueles que não a compreendem.
O orgulho, por outro lado, é refém das opiniões públicas porque, sendo derivado do medo de o seu refém não ser valorizado pelos outros indivíduos (e orgulhos), luta contra tudo que possa significar que o seu refém não é este Deus que ele acredita ser. Palavras, ideias e ações são vistas como atos de guerra quando não são a favor do seu refém e, assim, ele domina a mente do seu refém e o leva a agir de forma agressiva e violenta para retomar o controle sobre a sua própria perspectiva de vida que depende diretamente de como os outros o olham.
Ele cisma em fazer a sua vítima acreditar que a segurança, confiança, autonomia e valor dependem de como é vista pelos outros. Logo, quando age de maneira descontrolada, pouco produtiva e sem convencer os demais de que está certa, ele sente que está ameaçado e, como qualquer animal ameaçado, se revolta e tenta reconquistar o poder de forma mais violenta.
Sentimentos… Fundamentais em nossas vidas, desconhecidos por nós e que têm o poder de nos fazer felizes ou infelizes.
O medo de mergulhar neste mundo desconhecido faz com que muitos o evitem a todo custo e, como é preciso mergulhar no assunto para conhecê-lo e descobri-lo, ficamos às margens deles, sendo facilmente manipulados e controlados por estas coisas desconhecidas que, ainda que possam nos infernizar, são o que nos promovem a vida. O que é a vida sem sentimentos? Sem desejar algo, sem temer, sem querer segurança, sem buscar o amor ou outra coisa? Um ser humano sem sentimentos é um corpo inanimado, sem personalidade, apenas com funções biológicas que são reações químicas, encontradas em rochas, poeiras, ar, moléculas que se encontram ou se desfazem.
Reféns de nossos sentimentos, agimos sem percebermos, mas a realidade sempre mostra as consequências de nossas ações, mesmo que não queiramos acreditar, mesmo que não a entendamos. A realidade, diferente do orgulho, não precisa de sensação nenhuma, não precisa de sentimentos, sequer precisa de pessoas. Ela pode existir com o nada ou com poucas composições. Átomos e moléculas são suficientes para ela existir, mas nós somos diferentes. Precisamos de muito mais do que uma coletânea de moléculas organizadas e quimicamente orquestradas para existirmos: somos um conjunto de rações biológicas, químicas e físicas além de uma parte crucial, ainda para ser descoberta e definida, mas que sentimos ser essencial. Alguns chamam de alma, outros de espírito, outros de consciência e há quem chame por outras palavras, mas todos com a mesma ideia: algo além da parte física conhecida e fisicamente identificada pelos métodos da atualidade.
É esta parte a que temos quase nenhuma consciência, porém, é a que tem o poder de animar um corpo e fazê-lo mais do que um mero resultado químico. Temos o poder de pensar, mudar os pensamentos que são resultados de processos químicos e temos como modular o nosso corpo como desejamos, pelo menos em parte. Podemos exercitar o corpo para conseguir ter mais massa muscular, podemos aprender a andar e falar para usar tais atividades e podemos induzir pensamentos, modulando e reprogramando o nosso cérebro e, assim refazer os sentimentos, deixando de ser completamente reféns como uma máquina que apenas reage à programação para sermos pessoas mais desenvolvidas e felizes.