Hipótese 1:
Uma hipótese para compreender o motivo de as mulheres viverem por mais tempo é a sociabilidade.
Com capacidade social de lidar e manipular pessoas de formas mais eficientes que os homens, as mulheres conseguem obter mais poder dentro do grupo em que pertence. Assim, quando necessita, ela consegue mais suporte, ajuda e apoio favorecendo a sua expectativa de vida.
Hipótese 2:
Sendo a avó um parente que colabora para a criação das crianças, seus netos, estes conseguem mais apoio e colaboração elevando a sua taxa de sucesso evolutivo. Com isso a nova geração sobrevive mais do que àqueles que não possuem tal ajuda e obtém maior expectativa de vida favorecendo os seus descendentes.
A genética que aumenta a expectativa de vida é passada para as novas gerações elevando sua taxa de sobrevivência e mantendo essa genética presente.
Hipótese 3:
Ao saber cuidar da casa, a mulher consegue sobreviver por si mesma porque basta conseguir alimento de alguma forma. Seja em trocas, compra ou coleta, adquirir o alimento é a preocupação e necessidade feminina que já possui um lar bem sabe cuidar deste. A sua viuvez, ou outra maneira de não possuir alguém que lhe dê dinheiro ou alimentos, gera pouco distúrbio. Com pensões, círculos de amizade, grandes famílias, muitos parentes ou relacionamento com outros machos, a mulher consegue este pouco que lhe falta e, assim, se mantém viva por mais tempo.
No caso dos homens, com a viuvez ou outra maneira de não ter alguém que cuide da casa para si, o caos aparece. Sem saber cozinhar, lavar sua roupa ou cuidar da casa, a solidão é um grande problema que pode levá-lo a se alimentar pior, ter menos higiene e mais periculosidade em seu lar quando não mantido em boas condições. São situações que elevam a chance de adquirir doenças e reduzir a sua expectativa de vida.
A companhia do cônjuge após a aposentadoria é a sua rede social. Sem ter mais o círculo social do local de trabalho (ainda que em caçadas em tempos atrás), a solidão aumenta elevando a taxa de depressão e outras doenças mentais e emocionais advindas da falta de interatividade humana. O que lhe resta é o cônjuge que recebe todas as suas queixas ficando sobrecarregado e tendo chiliques por conta dessa sobrecarga.
Um homem sem trabalho é um solitário. Uma mulher sem trabalho é livre para fazer o que quiser.
Hipótese 4:
Embora as mulheres adoeçam mais que os homens, elas tendem (atualmente) a se cuidarem mais. Com consultas médicas regulares, tratamentos e curas de doenças em estágios iniciais, elas conseguem prolongar suas vidas.
Ainda em tempos remotos, mesmo doentes, a taxa de sobrevivência poderia ser alta. Doenças de pele ou outras que não consomem a pessoa inteira rapidamente permitiam que elas sobrevivessem por longos períodos mesmo que doentes.
Já os homens tendem a ter mais resistência a ir a médicos ou fazer os tratamentos necessários. Por acreditarem ser coisa de fracote ou por simplesmente não se importarem enquanto o problema não os impeça de continuarem as suas rotinas, eles adiam os tratamentos e cuidados tanto quanto o possível aumentando a chance de as doenças que possuem se agravarem e chegarem a um ponto irremediável e afetando a sua expectativa de vida.
Talvez haja outros motivos pelos quais eles evitem tais tratamentos como valorizar mais o trabalho que fazem em vez de afetá-lo para tratar da saúde.
É possível que hajam outras hipóteses, que a explicação seja a mistura de algumas ou de todas elas ou mesmo de nenhuma. Talvez seja apenas a sorte que favoreça mais as mulheres e nós nos recusemos a acreditar nisso porque queremos uma resposta certa e determinada que satisfaça a nossa vontade de sentir o poder do conhecimento.