Um erro muito comum nos pensamentos das pessoas é a alteração de palavras que distorcem a ideia. Dizer que duas coisas são parecidas é diferente de dizer que são iguais, contudo, muitas vezes as pessoas acreditam que as palavras parecidas e iguais significam a mesma coisa e é neste ponto que distorcem a ideia que relatam.
Qual a diferença entre as duas imagens? Não precisa saber sobre química, mas enxergar literalmente os desenhos.
Observe com atenção? São duas imagens iguais ou parecidas?i
Para quem afirma que são iguais ou que são “tão parecidas que podem ser tidas como iguais” possui uma perspectiva sobre o mundo distante da realidade.
A vida é o resultado de ações, não de desejos ou imaginação. Acreditar que duas imagens parecidas são iguais resulta em prever que o que elas fazem também o são e aí a pessoa deparar-se-á com um resultado diferente do que previsto causando-lhe surpresa e espanto. Neste momento, a pessoa tem duas opções: aceitar a realidade e que fez uma previsão incorreta ou buscar provas de que a sua previsão estava correta e que algo externo a alterou gerando o resultado inesperado.
As pessoas mais espertas optam pela primeira opção e buscam entender o que aconteceu para que a sua previsão estivesse errada. Analisando minuciosamente encontrará o problema e poderá consertar a sua perspectiva sobre o mundo atualizando as informações que tem.
A pessoa burra busca poder e sensação de controle e por isso a realidade em si não tem importância. O foco é em conseguir formas de sentir que pensa certo, que sabe o correto, que entende tudo e que não há dúvidas. Esta burrice é advinda do desespero pelo controle, pela sensação e segurança mostrando o medo que controla a pessoa.
Esta pessoa usa de todas as ferramentas que possui para provar que está certa e que o resultado diferente do previsto aconteceu por fatores externos a ela, ou seja, não importa o resultado em si, mas que a pessoa permaneça com a sensação de estar certa e assim ela leva a vida, como uma batalha constante para provar que estar certa mesmo com a realidade mostrando sempre que isso não é real. Visto que a pessoa opta por ignorar a realidade acreditar mais em sua própria ideia criada em sua imaginação pode-se dizer que ela é maluca ou que “vive em outro mundo”, contudo, este tipo de pessoa é o predominante no planeta. Como a ideia de maluco está associada à ideia de anormalidade e tendo a normalidade como algo comum e repetitivo, se a maioria das pessoas são assim, então elas são normais, dentro do padrão e comuns, portanto, não podem ser malucas, mesmo que a definição de maluco seja ignorar a realidade.
Novamente nos deparamos com a distorção sobre a realidade ao usar uma palavra para significar um objeto quando, na verdade, a palavra significa outra coisa. Maluco não pode significar anormal e ignorância ao mesmo tempo porque é muito possível, e provável, que a ignorância seja normal e, assim, contrapõe a primeira definição.
Para muitos, as duas imagens expostas são parecidas, tão parecidas que podem ser vistas como iguais. Sendo iguais, devem provocar as mesmas reações, porém, observemos:
Duas moléculas quase iguais, mas diferentes. São parecidas, contudo, é justamente a singela diferença que produz um resultado tão distante um do outro.
A primeira molécula é o hormônio feminino enquanto a segunda é o hormônio masculino. Não importa o quão desejemos que sejam iguais, o quão desejemos que mulheres e homens sejam iguais, serão sempre diferentes com as suas características típicas do sexo que possem por conta das reações feitas pelos hormônios que têm.
Preste atenção no que fala e no que ouve: parecido não é igual. Parecido significa que possui algumas características iguais e outras diferenças enquanto iguais significa que TODAS as características são as mesmas, então não se engane.
Se você quer vencer na vida, viva na realidade. observe, analise, estude e, principalmente, use de informações reais para as suas projeções e projetos. O plano de vida perfeito é aquele onde buscamos o que desejamos (ideal) dentro das possibilidades (real), ou seja, usamos das possibilidades (reais) e das nossas ações (reais) para conseguir na vida (real) o que queremos (ideal).
A criatividade é essencial para criarmos um plano e estratégias e estratégias visando o nosso objetivo. Nós usamos da criatividade para unir informações da realidade de modo a prever os prováveis resultados. Assim escolhemos o que fazer, o que não fazer, o que evitar, como fazer, quando fazer e com quem fazer. A criatividade produtiva é aquela que usa da realidade para unir informações, elaborar planos e criar resultados desejados.
Às vezes o desejo é tão grande que acreditamos que seja verdade, não apenas um desejo, uma vontade, uma imaginação. Veja mais A confusão de um pensamento e Por que confundimos desejos com realidade? Então usamos essa “realidade” para criarmos os nossos planos e jamais conseguimos alcançar o sucesso porque tudo que é baseado em ideias irreais é necessariamente irreal, portanto, impossível de ser real. Podemos usar o real para criarmos a realidade que queremos (ideal), não o oposto.
Use o intelecto para traçar suas metas e elaborar os seus planos.
Use da criatividade para organizar e manipular a realidade conforme as possibilidades.
Crie a vida que você deseja.
Usufrua.
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