Muitas pessoas se perguntam o que é a vida. A pergunta mais importante é “por que desejam saber?”. A resposta dessa pergunta oferece uma informação mais importante do que a definição de vida em si.
Nós intuímos o que seja a vida por conta de nossas percepções, porém a parte mental não consegue compreender realmente o que seja vida. Conseguimos alegar que algo esteja vivo ou não, porém, ainda assim, até certo ponto porque não há um ponto específico e claro a partir do qual é considerado um ser vivo ou não.
O fato é que nós criamos este ponto onde nós mesmo consideramos um ser vivo ou não. Além disso, perceber como ser vivo ou não depende de nossos desejos e compreensão do mundo.
Quando deseja-se que algo seja visto como sem vida (a expressão “sem alma” também é usada para a mesma finalidade) para que se possa usá-lo sem se sentir uma pessoa má ou ruim, rapidamente o é e um dos exemplos disso era a visão de que escravos negros no Brasil não tinham alma, então não eram vivos e, portanto, podiam ser usados sem serem vistos como pessoas agredidas. Este mesmo pensamento também era usado para mulheres, o que fazia a sociedade aceitar que determinadas ações (violentas na definição de hoje) não fossem vistas como erradas ou ruins.
As nossas percepções mudam, bem como as nossas concepções. Logo, a própria definição de vida (que é percebida, mas não é expressada em palavras) é alterada, não sendo uma definição absoluta.
A pergunta mais importante não é “o que é a vida”, mas “por que desejamos saber a definição de vida?” A resposta desta pergunta oferece mais informação e mais importante do que a simples definição de vida em si.
Do mesmo modo vale para a busca de “para onde vamos” . Talvez quem faça tais perguntas mostrem o quão perdidos estão nas próprias vidas, sem saber o quê fazer, sem terem um objetivo ou mesmo sem saberem o que desejam.