O ser humano condena a maldade e quem cria o sofrimento. Contudo, o que pode ser sofrimento para um é visto como prazer para o outro, assim como o bem e o mal, onde o bem são situações que nos dão prazer e o mal são situações que nos geram desprazer. O que pode gerar prazer em mim pode causar desprazer para outro, logo, o mesmo fato pode ser visto como bom e ruim, uma vez que tais adjetivos são a opinião daquele que os usa.
Muitas situações e episódios maldosos foram feitos ou criados por pessoas que alegavam o bem. Aliás, a maioria delas, senão todas elas. Quem faz o mau alegando ser mau?
Guerras foram travadas alegando serem necessárias ou boas (para o povo que desejava ganhar);
Líderes ganharam o poder fazendo maldades e cometendo crimes alegando serem para “um bem maior”;
Revolucionários mataram inocentes e culpados em prol do “bem”;
Entidades religiosas mataram e torturaram pessoas para o “bem” delas;
Leis criam punições para fazer o “bem”;
Torturas foram e são usadas para o “bem maior”.
Sempre fazemos o bem quando o objetivo é nos saciar. Tudo que podemos fazer para alcançar o que desejamos é visto como bom ou um “mal para um bem”, como a ideia de meios errados/ruins/nocivos para se conquistar o objetivo, o que é visto como bom.
Dessa forma a maldade é praticada para se chegar a um bem melhor, o que não faz sentido, uma vez que algo não pode ser bom se é ruim, seja o objeto em si ou a sua produção.
O fato é que o bem é a satisfação para quem aplica tais ações, buscando a própria satisfação, não para o outro.