Por algum motivo o ser humano tem preferência para alguns traços corporais. Aqueles que os possuem são vistos como pessoas belas, quem não os têm, são feios.
Por causa do pensamento simplista e dual, o ser humano julga em bom ou ruim, certo ou errado, bonito ou feito (veja Hipocrisia: certa ou errada? Boa ou ruim? Por quê? para compreender o raciocínio dessa conclusão). Colocamos todas as qualidades juntas, e os defeitos também. Assim acreditamos que pessoas com corpos bonitos sejam boas e pessoas feias sejam ruins.
Um exemplo disso é o tão famoso Jesus, que é retratado de uma forma convencional com muita beleza, embora haja evidências de que ele não era como o retratamos. Retratamos o que ele representa, não a sua imagem física. Retratamos a beleza de sua vida ou alma em seus traços físicos, de acordo com o que nós achamos belos.
Esta técnica é muito usada no cinema, onde, para retratar uma pessoa apaixonante, que mexe com o coração de alguém, usa-se de muito apelo visual, uma vez que é o principal sentido para enviar esta mensagem de como o personagem é através da técnica visual. Como retratar o sentimento que o personagem gera nos outros se não temos contato com o personagem? Apelamos para a imagem em primeiro lugar. Em segundo lugar para a audição. Assim que cinemas usam de tanto figurino, maquiagem, iluminações, efeitos sonoros e músicas, para transmitir todo um conjunto de sensações que não podem ser enviadas com outros sentidos.
A imagem de Jesus passa por isso. Imaginamos alguém bonito para representar a sua beleza interior (como as pessoa se sentiam com a sua companhia e caráter), já que não temos contato com ele para sentir a beleza interior dele.