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Burrice e pobreza

A inteligência é a capacidade de aprendizado. Quanto mais uma pessoa consegue aprender, menos depende de outras porque ela mesma pode se satisfazer.

A burrice é a ausência de inteligência. A pessoa não consegue pensar e desenvolver raciocínio lógico para compreender um evento ou uma situação. Por consequência ela sente necessidade de que outra pessoa a faça por ela. Dessa maneira, investir em relacionamentos é a base de sua vida. Possuir pessoas para lhe satisfazer é a maneira de solucionar seus problemas e resolver os seus incômodos.

Quanto mais inteligente é uma pessoa, mais ela investe em si. Investimento não apenas financeiro, mas emocional, acadêmico, familiar e todos os demais que possam existir.
A inteligência (capacidade de aprender) costuma incentivar a pessoa a buscar aprendizado (estudos em cursos). Assim, a pessoa passa bastante tempo investindo em conhecimento e aprendizagem e usando-os para os seus fins. Dessa maneira ela se qualifica mais, elevando o seu valor de mercado, o que aumenta o seu salário. Ademais, por investir muito em si mesma, ela gera menos dependentes, seja em filhos ou de outras formas, o que faz que com a sua renda não seja tão baixa de forma per capta.

A pessoa tem mais autoestima, isto é, valoriza-se. Isso é um estímulo para investir em si mesmo, o que eleva o seu valor na sociedade e promove um salário mais alto. Por não investi-lo em muitas pessoas, já que possui poucos dependentes, o salário pode ser usado para outros fins, como o lazer.
Enquanto pessoas inteligentes crescem como indivíduo, pessoas burras crescem em coletivo. As pessoas com mais capacidade intelectual costumam ter menos descendentes e, às vezes, nenhum. Ao longo de gerações tem-se uma redução desse grupo na população. Já as pessoas burras (que não têm inteligência) investem em pessoas. Ter filhos, família, amigos e colegas são a base de seu bem-estar emocional, sendo-lhe essencial. Para tal, é necessário investimento. Criar e manter relacionamentos exige tempo (atenção) e dinheiro (para saírem, festejarem, presentear…). O custo desse estilo de vida é maior ao custo de estilo de vida que investe em si. Isso é óbvio: investir um determinado valor X em si mesmo é muito mais do que investir o valor X/número de relacionamentos para um relacionamento. Num exemplo de mais fácil percepção pode-se imaginar que uma pessoa tenha 10 000. Ao investir tudo em si mesmo a pessoa pode viajar e estudar, por exemplo. Já usar estes 10 000 para 20 relacionamentos (familiares e amigos por exemplo) dá 500 para cada um. Não é possível estudar e viajar como a pessoa que investe em si.

As pessoas burras são mais pobres por não terem valor em seus afazeres profissionais e por investirem em relacionamentos, que não dão retorno financeiro. Famílias numerosas costumam ser as de pessoas burras e, com tantos parentes, a renda dos responsáveis é dividida. Dessa forma a renda “por pessoa” é menor do que numa família inteligente, já que esta é menor.

Por possuir mais descendentes e investir em relacionamentos, a camada social pobre é grande e se perpetua. Por não fazer a mesma escolha, a camada social rica é pequena e tende a se reduzir. Enquanto o pobre divide os seus baixos rendimento, os ricos somam os seus próprios rendimentos.

O que acontece com alguém que nasce num lar pobre e é inteligente? A primeira escolha é o estudo acadêmico, onde terá mais conhecimento e elevará seu valor no mercado profissional, afetando o seu salário. A segunda escolha é não investir tanto em tantos relacionamentos. A soma de ambos é criar uma vida de estudos, trabalho e poucos descendentes. Este indivíduo será bem mais rico do que seus genitores e se comparar com estes ele estará na camada dos ricos.

O que acontece com alguém que nasce num lar rico e é burro? Os seus investimentos não serão em opções que lhe renda financeiramente. O investimento social será alto, usando de suas fontes para tal, quando não for mais sustentado por seus responsáveis a pessoa dependerá unicamente de sua produtividade, a qual não foi muito bem desenvolvida, levando-a a ter uma vida financeira inferior aos de seus responsáveis. Na comparação, a pessoa rica ficou pobre.

Se esta estrutura permanecer, a camada rica tende a reduzir de números, mas não chegará a zero porque sempre há alguém mais inteligente que outro, motivo pelo qual será mais valorizado no mercado de trabalho, elevando a sua renda, e a camada pobre tende a aumentar em número, reduzindo a renda per capta, o que aumenta a pobreza (renda individual).

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