Uma nação que cultiva inveja de quem tem sucesso e o sistema psicológico de vitimismo deseja a igualdade.
Alunos brilhantes em algumas matérias são vistos como iguais ao demais e mantidos em séries escolares que não condizem com suas habilidades. Eles poderiam avançar no sistema educacional, porém o desejo de que todos sejam iguais é aplicado e eles são tratados como os demais de suas idades. Assim jovens brilhantes possuem suas capacidades reprimidas e são obrigados a seguir o sistema em vez de ter a possibilidade de colaborar com a sociedade através do uso de suas capacidades mais desenvolvidas.
Tratar todos como iguais significa que ninguém será melhor em alguma área, o que impossibilita a criação de modernidades, tecnologias e outros desenvolvimentos. Dessa forma, a maneira de adquirir tecnologias e desenvolvimento é através da importação dos mesmos, o que torna o país refém dos mais desenvolvidos por necessitar deles para adquirir tais modernidades que deseja.
Não saber tratar os diferentes como diferentes, percebendo e usando as diferenças a favor do desenvolvimento, progresso ou desejo para construir a felicidade ou outros itens visados faz com que as diferenças, que poderiam produzir tudo isso nem que parcialmente, sejam ignoradas. Ser medíocre é o propósito e os gênios são oprimidos por serem quem são.
O sucesso não é visado, nem contemplado, nem celebrado. Quem possui sucesso é a minoria que sai do sistema psicológico de acreditar que todos são iguais, que a vida é difícil e que alguém ou algo (desconhecido) seja o responsável pela insatisfação do indivíduo.
Se todos são iguais e ninguém tem sucesso, então desejar o sucesso é não fazer parte do grupo. Os vencedores são excluídos por serem diferentes da grande massa perdedora que vive a reclamar da vida sem solucionar os problemas que a incomodam. Eles são mais autossuficientes e investem no próprio sucesso enquanto que a massa se vê como criança que espera os pais ordenarem que façam o dever de casa (trabalho) e que lhes dê tudo o que deseja. Aqueles que desejam aprender fazem o trabalho de casa com atenção e prazer, busca outras fontes de conhecimento e tentam se aprofundar no assunto para entender enquanto que a massa faz o dever de casa para não ficar de castigo e reclamando de que devem fazer o dever. Ela segue a vida reclamando de ter de ir à escola e fazer as tarefas dadas por seus líderes e professores em vez de tentar aprender o possível para usar o conhecimento para alcançar o próprio objetivo.
Por outro lado, essas mesmas pessoas buscam líderes e professores que ditem o que elas devem fazer por incapacidade de pensar ou de buscarem por si mesmas. Elas reclamam que são obrigadas a cumprir tarefas, mas não têm coragem de abandonar a escola ou os professores e viver a vida sem tais tarefas que tanto as incomodam. Elas reclamam da vida que têm e da vida que podem ter. São bebês inertes que apenas choram e exigem que alguém apareça e satisfaça suas vontades ou reis que acreditam que são donos do mundo e que os demais são os seus servos que devem lhe obedecer. De qualquer forma, o próprio esforço não é cogitado.
Essas pessoas acreditam que este tipo de vida seja o certo e tudo que seja diferente é errado e condenável. Assim, quem estuda além do obrigatório é estranho e não faz parte do grupo bem como as pessoas de sucesso por se empenharem em seus investimentos.
Esperar que professores lhes deem as lições e que os passem de ano sem que precisem se esforçar é a cultura que domina a mente de tais pessoas. Tirar 5 e passar de ano é o normal, sobrevivendo à escola por necessidade de sobrevivência já que não fazer parte disso e abandonar a escola é assustador demais para ser cogitado ou planejado. Por isso que abandonar a escola é um assunto tabu e quem o faz é rebelde, agindo contra o sistema. Enquanto isso os audaciosos estudam e tiram notas maiores. Os medíocres desejam a mesma nota, querem esta igualdade, mas não querem a igualdade do esforço de estudar além do obrigatório ou da igualdade de possuir a mesma capacidade intelectual de quem tem as melhores notas. A inveja surge de não conseguir o que deseja, o belo 10 na prova, e ver que alguém consegue. Alunos medíocres criticam o professor, alegando que ele não explicou o suficiente e ele é o culpado por sua nota baixa ou reprovação enquanto que ele mesmo poderia ter estudado mais e pedido ajuda ao mesmo professor ou a outros, além de buscar outros livros e fontes de conhecimento.
Alunos medíocres são aqueles que estudam porque a educação lhes é imposta, não porque gostam. Eles burlam a escola e matam aula sem ter a coragem de fazer isso de vez, abandonando a escola e aprendendo por si mesmos. Contudo desejam o glorioso 10 em suas provas ou, que, pelo menos, ninguém tenha este 10 para que ele não se sinta ofendido, desvalorizado ou ridicularizado por não ter conseguido.
Alunos empenhados desejam o conhecimento, desejam aprender e apreciam a escola. O aluno medíocre critica a obrigatoriedade escolar, a maneira como a aula é dada, os deveres e provas, não presta atenção e faz tudo de qualquer jeito para terminar a tarefa rapidamente, prezando pelo tempo longe do conhecimento em prol da qualidade do sistema. Esse aluno não quer estudar, critica tudo e acredita que o seu mau desempenho é responsabilidade do professor e do sistema que o obriga a estudar como se, caso ele não estivesse neste sistema, aprenderia muito mais. Ainda que fosse, o aluno pode matar aulas para estudar conhecimentos mais interessantes ou mais aprofundados ou mesmo sair da escola e aprender por si. Porém estas possibilidades não são observadas porque, na verdade, o aluno não quer estudar, ele deseja somente a nota brilhante sem ter de fazer absolutamente nada e sem esforço.
Acontece que ele pode não estudar, pode não ir para a aula e tirar zero na prova. Mas ele não quer esse resultado: ele quer tirar dez sem fazer nada, sem estudar, sem ler, sem ir à escola. Enquanto ele passa o tempo falando mal do sistema o aluno exemplar tirar proveito do mesmo. Ele sabe que o sistema pode não ser bom e que não é perfeito, mas foca nas oportunidades de crescimento a partir do sistema. Ele estuda o sistema para saber como funciona e usá-lo a seu favor.
Assim, com o tempo, o aluno medíocre cria grupos e manifestações para berrar suas asneiras e rebeldias sem apresentar nenhuma solução, esperando que os pais apareçam e satisfaçam suas vontades, enquanto que o aluno exemplar já está turma avançada por se dedicar e por isso ele é excluído e estranho. Ele é esquisito e deve ser abolido por não colaborar com o grupo que reclama. Ele é um rival e potencial inimigo por mostrar que existe como ter o tão sonhado sucesso dentro do sistema que é visto como ruim, o que prova que reclamar e exigir que alguma autoridade faça algo para satisfazer a manada não é uma maneira eficaz de se conseguir o desejado sucesso.
E por não achar nenhum grupo que o aceite e aprecie seus talentos, ele vai embora para outras nações onde o sucesso e talento são celebrados como ele deseja. Suas notas e aptidões são elogiadas em vez de criticadas, fazendo-o se sentir importante, valorizado e desejado, incentivando o desenvolvimento de seus talentos e dando-lhe um bem estar por ser apreciado por este novo grupo. Resta aqui os medíocres que reclamam da vida sem fazerem nada para melhorar e continuam alegando que a igualdade seja boa porque ver alguém de sucesso esmorece-lhes a mente. Quanto mais medíocres melhor porque eles se acham normal, não se sente desvalorizados ou burros, sentem-se predominantes e, com isso, bem.
Uma cultura que preza pelo ruim e critica o bom ou excelente enaltecendo que a vida pobre e difícil é mais válida ou mais valiosa do que a vida de quem criou a própria felicidade. Os medíocres se elogiam enquanto criticam quem tem sucesso dando mais valor à pobreza e dificuldade do que à satisfação na vida advinda da inteligência ou outras habilidades. Assim os empresários ricos são vistos como vilões por serem bons no que fazem enquanto que os medíocres são glorificados por fazerem todos os dias as mesmas coisas, tendo uma rotina insatisfatória e são elogiados por não desistirem apesar da burrice de fazer sempre a mesma coisa que resulta na insatisfação permanente.
Os tidos trabalhadores são quem tem vidas suadas sem progresso enquanto que zilhões de pessoas que trabalham e possuem sucesso não são vistas como trabalhadoras, ainda que trabalhem (e muito). Trabalhador não é quem trabalha, mas quem padece diante das adversidades da vida e sobrevive dia após dia. Esse é o “verdadeiro” trabalhador brasileiro. Ter uma vida ruim e de muito esforço sem progresso proporcional a esse é a essência do significado do trabalhador. Por tal definição todos que possuem sucesso ou uma vida sem tanta dificuldade (financeira) não são vistos como trabalhadores, ainda que o sejam.
As pessoas de sucesso devem se calar para não ofender os medíocres ao mostrar que podem ter sucesso. O sucesso é condenado, mas quem não deseja a felicidade? Os vitoriosos não querem abrir mão de suas vitórias e alegrias somente para não ofender os perdedores ou para se enquadrar a estes. Então, visando ter uma vida melhor, onde seus investimentos são elogiados e admirados eles migram para nações que possuem tal cultura que preza pela felicidade e o resultado é que os medíocres ficam, fazendo a manutenção da cultura de que uma vida digna é uma vida difícil e de burrice. Todos que desejam sair do Brasil para ter uma vida melhor representa essa parcela que deseja trabalhar e se esforçar para ter resultado positivo e maior, demonstrando a vontade de trabalhar e produzir, que é o oposto na mediocridade. No entanto, muitos apenas sonham sem se esforçar para tal demonstrando que não são vencedores, somente sonhadores que perdem na vida por não praticarem a inteligência.
O resultado de uma cultura assim é esse: Brasil, o país onde a mediocridade é o objetivo.