A adoção de crianças por homossexuais é um conflito. Há quem alegue que eles possam ter tal direito e há quem acredite que seja prejudicial.
Para quem é contra, fala-se que a criança terá tendências homossexuais por ver a dupla (pessoas do mesmo sexo) carinhosa como exemplo. Se isso for verdade, então as crianças, que nasceram de homem e mulher, teriam a tendência a serem heterossexuais e, dessa forma, a homossexualidade seria quase inexistente.
E quanto às crianças que são criadas por apenas um dos responsáveis, como uma mãe? Essa criança tenderia a ser assexual, visto que a mãe é solitária? Se isso fosse verdade, muitas pessoas seriam assexuais, já que muitas mulheres criam os seus filhos sozinha. Contudo, não existe esse fato para explicar que a sexualidade da pessoa está relacionada aos exemplos afetivos sexuais dentro de casa.
Ainda que isso fosse um fato, a questão é: por que ser homossexual é ruim ou um problema? Por que esta característica é tão importante a ponto de duplas que a possuem serem humilhadas e crianças não poderem usufruir de seus cuidados e carinho? E outras características, como inteligência, amorosidade, sociabilidade, empatia e cuidado, por exemplo, serem desprezadas na análise se estas duplas podem ou não cuidar de crianças?
Crianças que foram abandonadas ou maltratadas por pessoas heterossexuais, as quais são vistas como normais, comuns e corretas, não podem receber afeto e cuidado de pessoas que estão dispostas a oferecê-las? A criança precisa de um exemplo sexual ou de um exemplo humano?
As pessoas se prendem na parte sexual em vez de na parte afetiva, gerando essa discussão. Quando percebermos que pessoas são pessoas, não de uma classe ou de outra, de um grupo ou de outro, faremos uma sociedade mais agradável e prazerosa de se viver.