O processo “educativo”:
Passo 1) Compre um curso ou entre para um dos oferecidos pelo governo em forma de escola, cursos técnicos e universidades.
Passo 2) Decore o conteúdo aceitando o que é dito. Somente assim você consegue nota para ser aprovado.
Passo 3) Pegue o diploma de obediência, já que você concordou com os conteúdos apresentados.
Passo 4) Agora é só arrumar um emprego que não necessita de nenhuma informação decorada e que exige o diploma de obediência para começar a obedecer sem questionar.
Diversos empregos e trabalhos, como vendedores de lojas, balconistas, operadores de caixas e muitos outros não necessitam do conhecimento oferecido nas escolas. Reações químicas, matemática “avançada”, literatura e física são matérias inclusas nos cursos escolares. Isto significa que, para conseguir o certificado ou diploma do ensino médio é necessário decorar as informações de tais matérias. Contudo, não são usadas nos afazeres do emprego, apesar destes exigirem o diploma de conclusão de tais cursos. Qual o objetivo de decorar tantas informações inúteis? Talvez o objetivo não seja este, mas através deste método implementar a “ordem” através da obediência. Se os alunos são obedientes por anos nas escolas, aceitando as “informações” que lhe são dadas, o recém-adulto (continuação da criança) manterá a mesma disciplina e os mesmo hábitos de não contestar, não perguntar, apenas aceitar e obedecer. Temos, assim, milhares de adultos “educados” formando uma nação obediente para quem desejar controlá-la.
Como viver:
Após a conclusão dos cursos inúteis, busque um emprego.
Não questione, obedeça.
Não fale, aceite.
Reclame para quem não tem poder para resolver o problema, como familiares, criando conflitos para com as pessoas próximas e não resolvendo os verdadeiros problemas e incômodos.
Em troca de sua obediência cega, receberá um salário.
Seja “grato” pela “oportunidade” que o “governo” lhe dá de conseguir oferecer um serviço em troca de pagamento. Por ele, você deveria trabalhar por vontade e amor para “um bem maior” que, certamente, você não está incluído.
O preço da liberdade é a autonomia emocional:
Imerso num determinado sistema, a liberdade é não obedecer cegamente, mas para consegui-la é preciso viver o sistema, estudá-lo e entendê-lo. Então, começar a não seguir todas as regras, mas o que é possível dentro do sistema.
A liberdade não é algo fixo, nem bem definido. Ela é a sensação de bem-estar e satisfação. Quando satisfeitos, nos sentimos livres. Quando insatisfeitos, nos sentimos presos. Como conseguir a liberdade? Aprendendo a nos satisfazer (individualmente) e entender que os outros são outros, com liberdade de optarem por nos satisfazerem ou não.
A liberdade é resultado de pessoas capazes de serem livres emocionalmente, ou seja, felizes e satisfeitas. O ser humano depende um do outro, estando preso à necessidade de viver em sociedade e, portanto, é impossível de ser livre em sua totalidade. Contudo, quanto mais esperta for uma pessoa para tomar as suas decisões e ter consciência de si mesmo, maior será a sensação de liberdade.
Além disso, quanto mais esperta for a pessoa, mais produtiva ela é, gerando riqueza (produtividade). Assim o seu valor para os outros aumenta, fazendo-os desejá-la ou a sua produção. Dessa forma, eles ofertarão o que puderem elevando as suas opções de satisfação (as ofertas dadas pelos outros). Um exemplo claro disso é uma pessoa que cria uma tecnologia desejada por milhares ou milhões de pessoas. Estas ofertarão mais (dinheiro) em troca da produtividade desta pessoa, a qual acumula as ofertas (dinheiro) e as usa como deseja, satisfazendo-se e sendo feliz (livre).
A liberdade é escolher o que fazer com o que se tem e quem não segue as regras já estabelecidas sofre com sansões sociais, morais, reclamações, exclusão social, fofocas, calúnias e tudo que possa ser usado para manipular. Os presos, muitas vezes, sequer percebem que existem opções. Eles se sentem forçados a agir de uma maneira que não os satisfaz por falta compreensão do que acontece.
Insatisfeitos, os presos criticam os livres por não entenderem a liberdade, por medo dela, por não terem a responsabilidade para serem livres e por invejarem aqueles que têm o que eles desejam e não têm.
As pessoas se comparam e a “comparação de felicidade” também é feita. Quem é menos feliz se sente inferior e humilhado por quem se sente feliz. A felicidade do outro incomoda (inveja), então a maneira de reduzir esse incômodo é diminuir a felicidade do outros, tanto na prática, incomodando o outro, quanto na imaginação, criando ideias e especulações sobre o outro de forma a imaginá-lo não ser tão feliz, não ter tudo o que tem, não ser tudo que é e qualquer outra ideia que possa gera a percepção de que o outro também é insatisfeito. Então os prisioneiros criticarão quem se liberta e os libertos aplaudirão.
Muitos não têm coragem de abrir mão de suas posições sociais e imagem pública (reputação), então abrem mão da liberdade para serem aplaudidos pelos presos ao seu redor por seguirem as regras e se manterem prisioneiros. Quanto mais preso, mais exemplar se é para os prisioneiros e, por isso, mais atenção e admiração terá destes, elevando suas reputações e fortalecendo as suas posições sociais.
Presos à necessidade/vontade de atenção social, a busca como pode abrindo mão do resto. Quem quer ser rei para ser visto escolhe ser o rei da merda do que um zé ninguém que anda livre porque o rei da merda tem algum reconhecimento, mesmo sendo de baixa qualidade, o zé ninguém não tem.
A liberdade está em optar em seguir ou não as regras e, para isso, é preciso conhecer o sistema, estudar a situação e ter um planejamento para burlá-lo (não obedecê-lo cegamente).
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