Na vida veste-se uma máscara e atua-se para aparentar ser quem a sociedade deseja que sejamos, visando agradar os outros, pois ao agradá-los, eles nos agradam também, saciando as nossas vontades.
É difícil manter a atuação constante, mas nas redes sociais é mais fácil, já que só é observado e analisado aquilo que postamos, ou seja, o que desejamos mostrar. Vestimos o personagem quando desejamos e descansamos quando nos afastamos das redes sociais.
Assim, nas redes sociais posta-se mais facilmente a imagem que desejamos que os outros tenham de nós (a que desejamos ter). Mas é na vida, na convivência, que somos de fato conhecidos, porque não temos capacidade de viver a nossa própria mentira em tempo integral por não acreditarmos nela e por nos reprimirmos enquanto atuamos.
Por causa disso que relacionamentos com pouca convivência são lindos, belos e prazerosos. Nós só vemos o outro quando ele está bem, disposto e feliz. É na convivência, nos momentos de estresse, perturbações, doenças e outros problemas que descobrimos como o outro reage a tais eventos. É no momento de estresse que mostramos quem somos porque reagimos em vez de nos planejarmos ou nos reprimirmos, ainda que parcialmente.
Durante o confinamento com a pandemia em 2020 muitos casais se separaram. Conviver com uma pessoa estressada é estressante e duas pessoas estressadas juntas chegam aos seus limites mais rapidamente. Visando aliviar esse estresse, tensão ou depressão (veja em Terapia de Compras) o casal busca o oposto e, para tal, se separam.
Existem raras exceções neste comportamento.