O ser humano é um ser social. Precisamos nos socializar e criar vínculos, mas por quê?
Ao observarmos outras espécies de animais, das mais simples às mais complexas, percebemos que a socialização e criação de vínculos é um método que aumenta a chance do indivíduo conseguir ajuda de outros e, assim, sobreviver por mais tempo.
Os bandos, grupos de indivíduos com vínculos sociais que costumam ser da mesma espécie, são a forma que muitas espécies possuem para sobreviver com mais facilidade e com mais expectativa de sucesso às adversidades.
Em documentários sobre espécies de grande porte como cavalos, zebras, bisões, gnus, búfalos, empalas, gazelas dentre outros vê-se a formação de um bando gigantesco que se chama manada. É precisamente essa grande união de indivíduos que aumenta a força desses animais aumentando a proteção de seus integrantes.
Gorilas, leões, hienas, lobos e cachorros selvagens vivem em bando, um grupo menos do que uma manada onde há mais relações individuais entre os integrantes. Enquanto na manada o indivíduo que fica para trás é deixado para trás, nos bandos menores cada indivíduos possui um valor para o bando maior e, por isso, possuem mais cuidados.
Quanto mais um indivíduo tem importância para um grupo, mais este grupo esforçar-se-á para proteger e cuidar desses indivíduo e o pensamento por detrás deste comportamento é claro: se um indivíduo oferece alimento, ele é a fonte de alimento, algo muito visado e disputado. Portanto, aquele que é a fonte do alimento (que oferta o alimento) é importante para quem deseja o alimento. Sendo algo muito visado por haver muitos indivíduos que o desejam, estes farão o possível para agradar quem o provê visando continuar recebendo a alimentação desejada. Dessa forma, quem tem a capacidade de alimentar o bando é mais importante para cada integrante do que os demais integrantes.
Existem várias necessidades e vontades. Conseguir alimento, bem como água e manter a segurança são itens muito visados pelos indivíduos. Dessa maneira, todos que colaboram para ofertais tais itens ao bando são indivíduos mais importantes.
É dessa forma que o indivíduo mais forte consegue mais atenção: ele consegue ofertar mais do que o bando deseja e, em correspondência, o bando obedece a alguns ou muitos de seus desejos.
O valor de um indivíduo também pode ser conseguido de forma contrária: aquele que representa maior ameaça é quem consegue a obediência dos demais. Contudo, é uma posição perigosa porque, ao ser uma ameaça ao grupo, este tenderá a reagir e brigar para exilá-lo ou eliminá-la visto que ninguém gosta de se sentir ameaçado ou com medo. É por isso que os indivíduos mais produtivos são os mais visados e cuidados: eles alimentam o desejo e a esperança daqueles que dependem de sua produção enquanto a segunda opção estimula o medo.
No primeiro relacionamento, o grupo concorda em satisfazer o indivíduo visto que há uma recompensa bem como admiram e respeitam o indivíduo produtivo. Eles possuem emoções agradáveis que os estimulam a colaborar mais para com os demais integrando-os e fortalecendo o grupo. Já na segunda opção, o grupo obedece por medo e, portanto, estão contra o indivíduo que se impõe. O resultado é a formação de subgrupos que buscam forma de retirar a ameaça do grupo.
A primeira opção é facilmente percebida nos relacionamentos de artistas e seus públicos. O público fica feliz em receber os artistas e a sua produção (como músicas e filmes), admira o seu ídolo e com satisfação paga para ir aos seus espetáculos bem como em satisfazê-lo como for possível.
A segunda opção pode ser vista em regimes totalitários como em prisões e alguns estados. O chefe é temido em vez de idolatrado e as revoltas inevitavelmente acontecerão porque ninguém gosta de ser escravo e obedecer a alguém o tempo inteiro.
É por isso que os artistas são sempre vistos como boas pessoas, por estimular sensações agradáveis em seu público, enquanto políticos e chefes de prisões estimulam emoções desagradáveis em seus públicos. Como ninguém gosta de viver com emoções desagradáveis, a busca para não as ter mais faz com que tentem eliminar o que as gera: o chefe totalitário. Dessa forma, este chefe é uma pessoa ruim.
Reduzindo a escala social de políticas públicas e prisões para famílias, o menor grupo político existente em nossas vidas, podemos perceber a mesma organização entre os seus integrantes.
O indivíduo mais produtivo é aquele que é mais desejado e respeitado bem como o mais agradado pelos demais. Ele é o ídolo, o exemplo de vida que os outros integrantes têm. Também é possível ter um indivíduo como chefe por impor medo. Da mesma maneira que o chefe tirânico, a obediência acontece por conta do medo e, quando os integrantes se sentirem mais fortes que o chefe depô-lo-ão.
Esta reação é muito comum quando os filhos crescem e atingem a independência bem como a força. Tendo o mesmo poder que o chefe, o confronto é inevitável porque o oprimido deseja a sua liberdade de não ser mais escravo para suprir as demandas do chefe tirânico. O resultado é a perda de poder do chefe porque a única forma de conseguir obediência e agrados dos outros é através da imposição do medo. Se o refém perde o medo, o chefe perde o refém e o seu posto como chefe.
A ideia de tirania é vinculada ao que é ruim, então a tirania é vista como ruim e, sendo ruim, deve ser abolida. No entanto, a tirania é necessária para todos que não possuem responsabilidade sobre si mesmos e isso inclui as crianças.
A vida familiar com crianças é pautada na tirania vinda da autoridade dos mais fortes. Os pais exigem obediência e castigam os filhos que não os obedecem. Dessa forma, a criança não tem a liberdade para fazer o que deseja sendo, portanto, uma tirania. Como ela não tem responsabilidade sobre si, alguém deve impor a ela e isso acontece através dessa tirania. Contudo, este não é o único relacionamento que o tirano tem sobre o seu refém.
O tirano também oferta alimento, segurança e carinho, o que contrabalanceia a sensação ruim de opressão e prisão ao ter de obedecer o chefe. Dessa forma, o tirano não é visto como tal, mas como algo bom. Se tirano é ruim e o chefe é bom, ele não é um tirano (este é a sensação/o pensamento que as pessoas têm) e com isso fica mais fácil de perceber que o tirano costuma ofertar alguns prazeres aos seus reféns para mantê-los “na linha” e sem tanta hostilidade, afinal, se os reféns se sentem bem por receber o que desejam em troca de uma obediência, este relacionamento não é ruim.
Todos nós nos relacionamos de diversas formas com a mesma pessoa. Hora somos o cônjuge que deseja sexo, outra exigimos que o parceiro aja como desejamos e em outros momentos somos mais dóceis e não nos incomodamos com o comportamento do outro. neste exemplo, tem-se três relacionamentos com a mesma pessoa variando da valorização e desejo do outro, passando pela tirania e chegando à ignorância. O outro é importante em alguns momentos e para algumas ações, mas há em que ele não tem significado.
Todos nós somos tiramos quando impomos as nossas vontades. Somos pessoas ruins quando exigimos obediência, mas não queremos ser. Queremos ser queridos porque o amor e o carinho cativam o público por mais tempo. No entanto, a tirania cativa mais rápido.
Por que queremos que os outros gostem de nós?
Somos seres dependentes. Não conseguimos tudo por nós mesmos e, ainda que assim fosse, a socialização não é somente uma ferramenta que nos ajuda a sobreviver, mas uma necessidade do ser humano por possuir um cérebro que se satisfaz com a socialização.
Queremos pessoas que nos forneça o que desejamos e não conseguimos por nós mesmos e podemos conseguir isso de duas formas: através do poder sobre o outro ou através da admiração do outro.
Quando estamos apaixonados, queremos satisfazer o outro e fazê-lo feliz. O outro pode pedir o que deseja e nós tentaremos satisfazê-lo o máximo possível. Então, ser admirado e desejado é um modo de conseguir que outras pessoas façam o que desejamos.
O outro método é através da imposição através do medo. Por ameaças sutis ou diretas, entonações de voz, forma de olhar, chantagens ou manipulações, nós tentamos “convencer” o outro de que a melhor opção é nos obedecer, caso contrário, ele receberá uma punição posteriormente. Isso significa que a pessoa precisa conhecer aquela que pretende ameaçar para saber como fazê-la. Como a maioria das pessoas prezam por suas vidas, ameaçar a vida é uma maneira muito rápida e fácil de se conseguir obediência. Não é à toa que ela é usada corriqueiramente pela espécie. Assaltas são um exemplo dessa ameaça e punições com a morte também em alguns lugares (são as punições tidas em leis).
Por isso a ameaça à vida é tão utilizada: não precisa conhecer o público, basta mostrar que pode matar e, dessa forma, é fácil conseguir controlar uma população inteira: só precisa ter o poder de fogo todo para si.
Por isso que governos totalitários desejam tirar o poder de fogo da população: sendo o chefe do estado o mesmo chefe que controla aqueles que possuem o poder de fogo, basta criar leis que punam com a morte àqueles que não as seguirem e, dessa forma, criar leis de obediência que possuem a punição com a morte é a maneira de controlar uma população inteira. Apenas MEDO.
Mas, como visto, o medo consegue obediência imediata, porém é somente imediato. Já a produtividade ao oferecer à população o que ela deseja oferece admiração vitalícia e, portanto, os seus súditos os são porque QUEREM ser, ou seja, são livres para agirem como deseja e escolhem satisfazer àquele que lhes deu agrado. Dessa forma, esta pessoa é elevada ao status de chefe mesmo que não queira e consegue obediência por opção. Também é por cultivar tais sentimentos agradáveis em seu público que a pessoa fica eternizada nele ganhando papel na história por merecimento/produtividade, não por adquirir um papel social que é importante historicamente.
Um exemplo disso é Jesus. Ele cativou tantas pessoas que se engrandeceu sem buscar ser grande, se eternizou nos corações de seu público e foi eternizado através do público por milênios.
Diante de uma expectativa de vida onde chegaremos a uma idade onde seremos fracos ou porque não temos tanto poder sobre os outros, tentamos cativar os que nos rodeiam através do carinho e prestação de serviço, ofertando bem-estar para recebermos agrados posteriormente. É dessa forma que chefes de famílias conquistam seus filhotes e, quando velhos, os têm para ajudá-los no que precisam, desejam e não conseguem por si mesmos.
Esse comportamento também é muito visto em pessoas pobres. Sem poder sobre os vizinhos, ofertam ajudas visando recebê-las depois quando precisarem. Daí os pobres serem tão solidários: se eles não ajudarem os demais, os demais também não ajudá-lo-ão. O poder do pobre está na criança de vínculos diretos com os integrantes de seu bando (vizinhança e familiares) porque assim ele consegue a solidariedade destes. Este é um dos motivos pelo qual os pobres prezam tanto por suas reputações e por ajudar os próximos (conhecidos), mas não é o único.
Pobre não ajuda projetos sociais nem faz trabalho voluntário de forma geral, mas ajuda as pessoas conhecidas, afinal, o que ele pode ganhar ajudando desconhecidos que não encontrarão novamente? Já os conhecidos ele pode cobrar com algumas manipulações sociais além de ter a convivência, então o que lhe incomoda muitas vezes incomoda o próximo também e, assim, se unem para tentar resolver o problema em comum.
As famílias que são regidas por opressão e medo tendem a se desfazer quando os integrantes mais novos se fortalecem e perdem o medo do chefe. Já as que nutrem mais carinho se mantêm e os chefes que envelheceram continuam com o apoio daqueles que, no passado, cuidou. É a nutrição do afeto e da oferta de bem-estar que cativamos pessoas e as mantemos em nossas vidas quando precisamos e queremos.
Queremos ser o chefe (muitas pessoas chamam de líder) para termos quem nos satisfaça, portanto, observa-se que as pessoas que dependem mais das demais são as que desejam ser as chefes visto que as mais independentes constroem os seus próprios bem-estares e, portanto, não há motivo de buscá-los em outras.
Chegar ao nível de chefe como papel social através da cativação das pessoas é muito difícil porque as pessoas, em sua maioria, são carentes, ou seja, dependentes. Logo, brigam para se importem e conseguirem obediência alheia. Ademais, quem deseja ofertar bem-estar à população em troca de nada? É preciso muito desenvolvimento emocional para compreender o que isso significa para si mesmo e, então, agir dessa forma. Pessoas assim são raras demais no planeta e, assim, estes chefes são igualmente raros.
A conclusão é que os chefes que existem “só” (quase todos) existem porque eles lutaram para adquirir tal papel social que possui este poder visando a obediência do grupo, o que mostra e prova o nível do seu egoísmo.
Queremos ser amados e idolatrados pelos outros para que tenhamos pessoas dispostas a satisfazerem as nossas vontades. Ao não sermos uma boa pessoa por não ofertarmos o que os demais queremos, o que nos resta é agir através da imposição do medo.
Após conquistar o poder através do medo, a pessoa consegue um exército, ainda que com poucos integrantes, obediente. Como acredita que as pessoas satisfazem àquelas de quem gostam, facilmente trocam a obediência por medo que o público tem pelo agrado ofertado pelo mesmo e, assim, concluem que são amadas em vez de temidas. O resultado aparece quando perdem o poder: sem ser uma ameaça, o público deixa de obedecer e às vezes até some de sua vida e a pessoa se sente vazia bem como enganada, afinal, o que aconteceu com o exército de pessoas que a amava tanto???
Da mesma maneira acontece com velhos que são ignorados por familiares. Depois de décadas de vida tendo a opção de criar bons vínculo, mas as tendo usadas para se impor quando tinha poder, são abandonados por aquele que ele acreditava que os amavam e sumiram de sua vida quando tiveram a oportunidade de sair da alçada de sua ameaça.
Foram décadas alimentando a ideia de ser importante e querido. A certeza de ser uma boa pessoa era de 100%, então, por que os familiares sumiram???
Além dessa ideia, a população, pelo menos a brasileira, preza muito pela ideia de que família seja algo importante e bom e, por isso, deve ser sempre cuidada. O fato é que a família é importante: sem termos alguém para cuidar de nós, nós não sobreviveríamos. Além disso, é o grupo social onde aprendemos a lidar com as pessoas, onde trocamos favores e, portanto, onde temos as nossas vontades também satisfeitas através de outros integrantes. Então, sem a família, as nossas vidas não existiram. No entanto, isso não significa que todos os familiares se amem e tenham boas relações com todos. Isso é somente o ideal, o que desejamos, mas não o real. Se fosse real, não haveria brigas, lutas ou divórcios e tudo isso é corriqueiro em nossas vidas provando que a vida familiar, muitas vezes, é uma guerra.
Muitos bebês são indesejados, mas cuidados por pena ou por instinto materno. A mãe cuida por não ter outra opção visto que o instinto a força a agir dessa maneira (contra o que ela de fato quer). Além disso, com a crença popular de que família seja bom e deve ser cuidada, muitos cuidam de seus filhos por pressão social bem como por se sentirem responsáveis além de serem cobrados a isso em forma legal. Então existe mais cobrança em cuidar da criança do que a vontade de cuidar dela. Como amar uma pessoa que veio sem que fosse desejada e que ainda exige que o cuidador abra mão de sua vida, de seus prazeres e suas satisfações por isso??? Como amar alguém que exige obediência e aprisiona numa vida miserável sem poder fazer o que deseja? Aparentemente o bebê e o tirano da família porque a crença popular assim o faz ser.
Felizmente o bebê cresce e ganha mais independência. Na adolescência passa a ser mais útil a colabora com os deveres da casa bem como oferta bem-estar e nisso, nesse conjunto de trocas de bem-estar por anos, que aprende-se a amá-lo ou, pelo menos, ter carinho. Se conseguir, a relação pode perdurar através do tempo e da velhice, caso contrário, o bebê, agora independente, alça voo e não volta mais para o antigo ninho. Tudo depende da relação entre as pessoas que é criada por estas. Portanto, preste atenção nas relações que você cria e cultiva: você quer ser um velho ignorado ou ter alguma importância para alguém?
Além do desejo de termos as pessoas obediente a nós, também buscamos autoestima que, ao contrário do nome que se oriunda na mesma pessoa, depende de como nos sentimos em relação aos demais e da reputação social que temos.
Se acreditarmos que somos incríveis e maravilhosos e os demais discordarem completamente, somos pessoas narcisistas que vivem num mundo de fantasia onde somos deuses. A realidade, por outro lado, não tratar-nos-á dessa forma e sentiremos a diferença entre o que acreditamos e o que somos. Sentir que a realidade é pior do que imaginamos, nós ficamos furiosos ou deprimidos. A fúria é o resultado de acreditar que os outros estão contra nós (nossa fantasia de sermos perfeitos) de propósito para nos machucar, já a depressão é o resultado de se constatar a realidade como ela é: pior do que desejamos que seja. Ademais, quem deseja ficar com uma pessoa que se acha grande demais quando é somente uma anônima? Ninguém, logo, a solidão vinda dos demais é o resultado.
Se acreditarmos que somos menos do que somos, as pessoas ao nossa redor não compreenderão como uma pessoa tão capaz se maltrata e se despreza tanto. Mais uma vez há desconexão entre fantasia e realidade, porém, agora, é o oposto. A pessoa age de forma mais tímida e retraída, tenta não chamar atenção e recebe muitas perguntas de “por que se acha tão pequeno se você é muito maior?” A pessoa acaba por agir de forma básica, sem ousadia e se mantendo sempre na zona de segurança porque, ao acreditar ser pouco, ela faz pouco por não acreditar poder fazer mais. O resultado é o isolamento vindo por parte dos outros porque quem deseja ficar uma pessoa tão medíocre que poderia ir longe e se prende tanto? É o mesmo resultado que no caso anterior, mas pelo processo oposto. Além disso, os elogios são recebidos com desconfiança porque a pessoa tem certeza de que não merece tanto e, assim, afasta os outros.
A autoestima é a imagem que temos sobre nós com o que percebemos que somos para o mundo porque vemos os que fazemos. É a mistura do que imaginamos ser com o que somos, fantasia e realidade. Quanto mais próximas estão, mais precisa é a autoestima, quando mais distantes, mais incerta é a autoestima da pessoa.
A autoestima é o valor que temos e, como visto, sermos importantes é importante e desejado por nós, logo, ter uma boa autoestima também nos é importante. Podemos criá-la, alterá-la ou mantê-la através de muitas atividades, psíquicas e práticas. Podemos construir e produzir colaborando mais com a vida em sociedade bem como podemos nos avaliar e elevar a importância das características que temos.
Nenhuma autoestima se mantém alta enquanto a pessoa é desprezada e ninguém consegue manter uma autoestima baixa quando consegue o que deseja. Daí que a autoestima depende diretamente da realidade, mas não apenas desta.
Buscamos sempre satisfação. Tudo que nos agrada é bom, o que nos desagrada é ruim. É assim que julgamos o mundo, os objetos e as pessoas. Todos são bons quando nos satisfazem e são ruins quando nos desagradam. Como dependemos dos outros, o nosso bem-estar também depende e, assim, estamos todos presos aos demais. Alguns mais do que outros, mas ninguém vive em completo isolamento.
A forma com que somos tratados, lembrados e desejados (ou repudiados) é resultado do bem-estar que causamos aos outros. Quanto mais bem-estar oferecemos, mais somos amados e desejados, quanto menos bem-estar ofertamos, mais repudiados e tolerados nós somos.
Desejamos quem nos faça bem (sensação agradável) e toleramos quem nos faça bem o mínimo necessário (aceitamos por precisar do que a pessoa oferte). Quando passamos a conseguir por nós mesmos o que desejamos, conseguimos descartar quem toleramos e, ainda que sejamos independentes, todos que nos fazem felizes são sempre bem-vindos e desejados.
Precisamos uns dos outros. A questão é: você vai se impor ou vai agradar os outro primeiro?