A diferença (de pessoas, pensamentos, ideias, criatividade, tudo) favorece a criação de melhorias.
Temos a tendência de acreditar que desejamos que os demais sejam como nós, mas na verdade não desejamos em sua totalidade. Falamos isso por não gostar de traços ou características dos outros e por pensarmos que somos melhores. A lógica é “se sou melhor, o mundo seria melhor se todos fossem como eu”.
Porém temos características que não gostamos em nós e também não suportamos em outros. Então, ter pessoas como nós não nos satisfaria. Imagine se todos gostassem exatamente do que você gosta e não gostasse do que você não gosta: haveria briga para terem o que gostam por ter pouca disponibilidade enquanto que o que não se gosta haveria falta de pessoas interessadas. Além disso, somos interdependentes em todas as áreas (produção, serviço, capacidade intelectual, área emocional…). Isso significa que há o que não conseguimos, desejamos e buscamos em outros e oferecemos o que temos em troca. Se todos buscam o mesmo e ofertam o mesmo ninguém ficará satisfeito porque não haverá troca alguma. Por que trocar algo que temos para alguém que não quer (porque já tem) para adquirir o que já temos? Não faz sentido.
Falamos que queremos que os outros sejam como nós porque desejamos que sejamos mais semelhantes, ou seja, que o outro mude para agir conforme nós, individualmente, acredita ser correto, o qual é o que se faz porque acreditamos ser certo o que fazemos.
Talvez mudar algumas características nas pessoas pudesse acelerar o desenvolvimento de todos como diminuir a rebeldia (deixar de ter rebeldia em excesso e usar mais do tempo em algo mais produtivo). Mas provavelmente só a redução de extremos seria benéfica: reduzir a passividade em excesso, em pessoas que não reagem a quase tudo; reduzir a agressividade nas pessoas que são agressivas com pequenos acontecimentos; deixar de ser compulsivo…
A sociedade é construída com as características da mesma, então mudar essas características é uma maneira de desestruturar a sociedade e isso gera colapso, o que é bem desagradável.
Uma das coisas que podemos fazer é justamente a união das forças (características produtivas) de modo que se interinfluenciem criando um ciclo que se retroalimenta. No quesito intelectual, expor ideias, explicá-las, ouvir as dos outros, pensar em conjuntos, observar fatos, coletar dados, criar as premissas baseadas nestes e desenvolver o pensamento através dessas.
