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A maioria pode vencer enquanto o resultado for minimamente satisfatório

A maioria de uma sociedade possui o poder social, o qual é a pressão sob outras pessoas exercida por uma grande massa popular. Outros poderes disputam no jogo social chamado relacionamento (veja Hipocrisia: certa ou errada? Boa ou ruim? Por quê?) e nem sempre o mesmo ganha o poder de se impor sobre outrem.

Muitas vezes a maioria ganha esta disputa e suas exigência são impostas aos demais. Contudo, esse sistema só se mantém enquanto se mostra funcional. Exigir mudanças que geram caos ou colapsos na sociedade podem ser impostas quando a sociedade não prevê tais resultados. No entanto, basta que estes apareçam para que a própria massa que desejou tais mudanças exijam outras para desfazer o problema ou foge para outro lugar onde suas mudanças não estão em vigor.

Exigir que o governo forneça diversos serviços sem que tenha capacidade de arcar com tais despesas é um exemplo. A parte da população que deseja tais serviços sem se esforçar para conseguir usa de distorções, mentiras e outras táticas psicossociais para conquistar e cativar mais pessoas, aumentando o próprio grupo. Quando grande o suficiente para exercer a pressão sobre minorias, ela impõe suas exigências pondo em prática suas ideias.

O resultado de qualquer ação é inevitável. É impossível fazer algo sem eu haja a consequência da ação. Então, quando o resultado é bom, satisfazendo e felicitando o grupo que se impôs, a alegria e festejos fazem parte de seus integrantes. Entretanto, quando o resultado gera caos ou mais dificuldades, tornando as pessoas mais infelizes e mais distantes de seus objetos ou sonhos, elas não visam desfazer as mudanças impostas por conta do ego (medo de que alguém descubra que ela não é tão inteligente ou capaz como se disse ser) ou por falta de capacidade de fazê-lo em si (ausência de inteligência suficiente para resolver problemas).

O segundo motivo é também a razão pela qual muitas pessoas se aglomeram em grandes grupos: são incapazes de alcançar o que desejam, então se unem para impor suas vontades a outros e esses as servirem, satisfazendo-as. Dessa forma, resta-lhes apenas fugir para um lugar onde elas não tenham tido êxito em impor suas vontades às minorias, evitando o resultado negativo do qual fogem.

Apesar dos eventos se mostrarem claramente a sucessão de acontecimentos, a falta de inteligência e intenso desejo de ter suas vontades satisfeitas as fazem continuar nutrindo as mesmas ideias que acabaram com a sociedade de onde fogem. A falta de capacidade de se realizarem faz com que a esperança de que alguém satisfaça as suas vontades seja o único meio de imaginar/cogitar na mente a possibilidade de usufruir do que almeja. Por conta disso tentam se reorganizar, criar um grande grupo novamente e impor suas vontades sobre outras minorias no novo lar e, para continuar acreditando que seus delírios são reais e possíveis de serem implementados, negar o acontecimento anterior é uma reação comum bem como distorcê-lo para alegar que ele não foi feito “corretamente”.

Assim que migrações humanas acontecem e acabam com as sociedades onde aparecem. Elas extraem todo o possível até que a sociedade esteja disfuncional e parte para a próxima como um explorador que busca metais preciosos e extrai tudo o que pode de um lugar até não restar nada e vai para outro, fazer exatamente a mesma coisa.

Este sistema é extrativista que extrai o que se deseja ao máximo do outro (seja pessoa, lugar, metal ou outros recursos). Todos são extrativistas por não ser autossuficiente em tudo. Entretanto, alguns são mais que outros. Quanto menos produtiva é uma pessoa, mais extrativista ela é porque é a maneira que tem para se obter o que deseja e isso não se dá somente no nível concreto/visual/perceptível. As áreas psicológica, emocional, intelectual e outras também são regidas dessa maneira: quanto mais a pessoa produz, menos ela busca nos outros; quanto menos produz, mais busca/exige dos demais.

Com o resultado caótico da imposição da maioria, migrações acontecem, inclusive da maioria que desejava a implementação das regras recém impostas. Assim, a própria maioria se desfaz por insatisfação e pela migração provando que a maioria só tem a possibilidade de vitória quando o resultado de suas ações geram consequências satisfatórias o suficiente para que essa massa social permaneça no local.

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