Muitas pessoas acreditam que a riqueza seja limitada e dividida pela população, embora vivam rotineiramente no mundo onde isso não acontece.
O próprio produto interno bruto, corriqueiramente anunciado em jornais, expõe que a riqueza não é extraída, mas produzida. Além disso, a alteração do seu valor de tempos em tempos demonstra a ausência de limitação da riqueza de uma sociedade provando que esse pensamento de que a riqueza de uma sociedade é limitada é falso.
O ser humano extrai componentes do meio ambiente, mas não é isso que consideramos riqueza. Riqueza é o valor que damos a algo que consideramos importante. Então a pessoa que fornece serviço, sem extrair nada do ambiente, sem produzir um único item sequer gera riqueza porque fornece algo que alguma pessoa considera importante o suficiente para pagar.
Outra maneira de avaliar a riqueza é observar como se a adquiri: a pessoa rouba de alguém, a reparte, ou a conquista através de um salário ou uma venda? A riqueza roubada de fato é roubada. Porém muitas pessoas trabalham e conquistam a riqueza (trocam o trabalho pela riqueza). Portanto elas não estão tirando riqueza de ninguém, mas gerando a própria com a própria produção. Elas são a própria produção de riqueza.
O pensamento de que a riqueza seja algo limitado e repartido por entre as pessoas advém da ausência de entendimento do assunto associado com a percepção pessoal de vítima sobre o tema. Por não saber o motivo de não conseguir produzir mais riqueza para si mesmo junto com o pensamento de inveja de que outros conseguem (não se sentir bem ao saber que o outro possui o que a pessoa deseja e não tem) criam a conclusão de que o outro roubou a riqueza e, portanto, a riqueza não é compartilhada, motivo pelo qual alguns têm mais e outros menos.
Estas mesmas pessoas provavelmente não percebem que há quem possua menos que elas e que, portanto, elas são as pessoas que “roubam a riqueza destas” segundo o próprio modo de pensar.
A perspectiva individual mostra como o indivíduo se sente em relação à situação, não explica a situação em si.
No livro Hipocrisia: certa ou errada? Boa ou ruim? Por quê? o assunto está mais esclarecido.