A pandemia de coronavírus associada à democracia de divulgação de informações atualiza constantemente o mundo sobre novos dados da nova doença, transmissão ou sobre o vírus que a gera.
A população que lê tais notícias não sabe sequer o que é um vírus ou suas características, mas deseja opinar e impor sansões e comportamentos para se proteger da ameaça desconhecida, ainda que inúmeras informações sejam mostradas constantemente.
O uso de máscaras foi imposto. Apesar de uma máscara específica ter sido divulgada como eficaz para evitar a disseminação do vírus, as pessoas corriqueiramente usam máscaras de outros materiais, como de tecidos variados. Isso mostra que, embora tenham conhecimento do que seja eficaz, através de informações amplamente disseminadas por veículos diversos de mídias, a população o ignora. Por outro lado não abrem mão do uso de máscaras, ainda que não sejam (de materiais) eficazes, demonstrando um comportamento contraditório em que buscam segurança e proteção e não seguem o que é seguro.
Tal comportamento é advindo da sensação da segurança, não do pensamento lógico e coerente. No momento em que a pessoa se sente protegido usando máscara, ainda que não esteja protegida de fato, ela faz uso do item. Para compreende melhor veja em O medo de não agir.
O mundo vive a ciência: teorias, desconfianças, questionamentos, hipóteses, contradições… Insegurança constante. Quem não sabe lidar com a insegurança entra em pânico e cria o caos, quem sabe questiona, se acalma e criar ideias para reduzir tal sensação e sanar o problema ou reduzir suas consequências.
Essa situação é interessante para mostrar que nem todos se encaixam em outras áreas. Políticos interferindo em tratamentos médicos sem terem conhecimento de medicina e população manifestando a favor ou contra notícias (sequer faz sentido) ou medicina.
A premissa de que “vacina é boa” conquista todos que desconhecem sobre vacinas, o que significa que a maioria das pessoas concordam com tal premissa. Acontece que nem todas as vacinas são boas. As vacinas que estão no programa nacional de imunização são vacinas que foram desenvolvidas, testadas diversas vezes e provadas em todas as fases. Somente após tudo isso foram divulgadas e distribuídas para o público. O público não tem esse conhecimento, apenas o final: de receber a vacina e não ter o quadro da doença. Então a conclusão é: vacina é boa. Assim, a vacina para a pandemia é vista da mesma maneira, simplesmente por ser VACINA. Porém é uma vacina de caráter emergencial, o que significa que os protocolos de testes e seguranças são diferentes das demais, mas esta parte é ignorada pela população por não desejar saber por estar focada no desejo intenso do resultado de não adoecer e por não compreender o processo da produção de uma vacina. Essa população que não entende de vacina é a mesma que quer opinar e obrigar algum comportamento acerca do tema.
Estes dois aspectos mostram como um grupo que não entende sobre um assunto interfere (e muito) no mesmo. Podemos chamar isso de democracia já que este grupo faz parte da sociedade e está opinando conforme acreditar ser melhor para esta, ainda que não tenha conhecimento suficiente sobre o assunto para ter credibilidade ou ter capacidade de acrescentar algo que colabore para o bem estar geral.
Analisando por outro ponto de vista é como se deixássemos que crianças e bebês dessem sugestões, opiniões e até se impusessem na sociedade.