A crítica, que é fazer perguntas para desvalorizar o outro, tem a função de ataque (social).
A pessoa que age fazendo perguntas sem esperar pela resposta, sem buscar compreensão ou de forma agressiva deseja atacar o outro. Quando o outro não tem uma resposta, ela tem a sensação de que ganhou, como se lutasse para saber quem tem a razão.
Isso acontece porque ela não confia em si mesma. Ela sente necessidade de provocar os outros e criticá-los porque inevitavelmente eles chegarão a um ponto que não terão resposta já que não sabem tudo. Neste momento ela sente que o outro perdeu e ela ganhou e é essa sensação de vitória que ela entende como confiança em si mesma.
Ela precisa ganhar para se sentir confiante e bem e para isso é necessário lutar e para lutar precisa de alguém que esteja disposto a lutar também. Mas ninguém começa uma luta do nada: é necessário um motivo para lutar e essa pessoa provoca a outra para atiçá-la, isto é, dar-lhe motivo para lutar.
A crítica é feita para descredibilizar socialmente uma pessoa e, por comparação, valorizar quem a faz. Assim a pessoa que critica costuma ser admirada pela sociedade já que venceu a luta pela verdade, sendo vista como uma pessoa sábia. Como a sociedade considera sábios como boas pessoas, essa pessoa é considerada boa.
Boa, admirada, respeitada. Essa pessoa se sente mais confiante, eleva a sua autoestima e bem estar. Esse é o seu propósito desde o início.