Quando uma pessoa possui poucas qualidades (dentro de sua perspectiva) e muitos defeitos tende a hipervalorizar os primeiros e menosprezar e esconder os segundos.
Ao hipervalorizar os primeiros, os toma como certos ou certezas absolutas e mostra isso em seus discursos e falas. É precisamente isso que os torna arrogantes: a agressividade na imposição de suas certezas, a qual advém da insegurança de si mesmo.
Pode parecer contraditório, mas tem uma explicação. Ao afirmar algo sem ser contrariado, o que acontece por ser agressivo e invasivo, não por ter lógica ou sentido, a pessoa acredita que os demais concordam. Se os demais concordam então deve ser verdade. Assim ele sente que pode confiar na sua opinião (afirmação feita) aumentando a autoconfiança. Se ele pode confiar em sua opinião, então o seu pensamento acerca do assunto está correto, ou seja, essa sua característica é real/verdadeira. Isso faz a pessoa manter a hipervalorização da característica em si alimentando todo esse ciclo.
É com esse mecanismo de ação que a pessoa se sente mais segura e confiante em si, elevando temporariamente a autoestima e bem estar, os quais costumam ser baixos por possuir poucas qualidades (ter uma percepção ruim/negativa de si ou baixa autoestima).
É possível mudar isso seja melhorando as suas capacidades, mudando hábitos ou pensamentos e revendo a sua própria opinião sobre si.
Não é um processo simples, nem fácil ou rápido, porém gera um resultado vitalício e promissor que cria situações melhores e mais proveitosas.
Um profissional da psicologia pode ajudar ou orientar este processo.
O arrogante é quem mais vive a experiência ruim da arrogância porque convive consigo o tempo inteiro sem possibilidade de evitar, como acontece com os demais indivíduos que se relacionam com ele. Viver com uma pessoa insatisfeita e cheia de defeitos é muito desagradável, razão pela qual o arrogante busca outras para “provar” as suas certezas e, para isso, costuma provocar situações conflituosas e brigas promovendo o mal estar do outro (e esse é o motivo pelo qual esse outro evita o arrogante).
O arrogante busca pessoas por não se sentir bem consigo, espalha o mal estar para os demais, se sente bem por um curto período e volta a buscar pessoas. As pessoas evitam o arrogante tanto quanto o possível. Então vê-se a dependência do arrogante nas pessoas e essas que não o desejam.
É por isso que é comum pessoas arrogantes não terem o mesmo ciclo social, ou seja, mudam de ciclo social (pessoas com quem interagem) constante, exceto se não for socialmente possível como em eventos familiares (não dá pra trocar parentes).